Aprender é para todos!

Setembro Amarelo

Liliane da Cunha Paula

Psicóloga clínica – Terapeuta de Família

CRP/05 45.562 – ATF/RJ – ABRATEF

O mês de setembro é dedicado à prevenção do suicídio, sendo o dia 10 escolhido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O amarelo foi escolhido como sua cor representativa em homenagem ao jovem americano Mike Emme, 17 anos, que havia restaurado um Mustang amarelo e cometeu suicídio em 1994, sem que a família tivesse se dado conta da gravidade de seu estado psicológico. Em seu velório foram depositadas fitas amarelas com os dizeres “Se precisar, peça ajuda”, inspiração ao que viria a ser no futuro um movimento mundial.

Dentre as medidas preventivas do suicídio podemos destacar:

  • a conscientização social, com a importância de falarmos mais abertamente sobre saúde mental em todos os ambientes, sem tabus e o cuidado por parte da imprensa e das mídias em geral na comunicação de casos de suicídios (existe um protocolo para este tipo de comunicação para evitar o efeito Werther ou de contágio, que corresponde ao comportamento imitativo[i]);
  • a conscientização de familiares e amigos sobre a relevância de conversar com a pessoa em risco de suicídio com a escuta interessada e sem preconceitos, incentivá-la a buscar ajuda profissional (ofereça acompanhá-la), protegê-la evitando deixá-la sozinha, mantendo-se perto ou em comunicação constante e tirando o acesso a armas, pesticidas, medicamentos e demais substâncias potencialmente letais;
  • a auto capacitação também é outro objetivo da campanha, pois traz a conscientização sobre os perigos dos transtornos mentais e os recursos de autocuidado que a pessoa pode ter acesso, como a própria pessoa procurar ajuda psicológica e Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece ajuda voluntária e gratuita 24 horas por dia para apoio emocional e prevenção do suicídio pelo telefone 188 ou acessando o chat do site https://www.cvv.org.br/.

Como sinais de alerta para a prevenção do suicídio podemos destacar: isolamento social, preocupação excessiva com sua própria morte, falta de esperança, expressões persistentes sobre a ideia de suicídio, uso recorrentes de expressões como: “Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”, “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”, “Eu não aguento mais”, “Os outros vão ser mais felizes sem mim”.

Quando uma pessoa pede ajuda, quer de forma indireta por meio da expressão de suas ideações, quer de forma direta, ela merece e precisa ser respeitada e ter seu sofrimento levado a sério. Precisamos ter o cuidado de conversar em um local tranquilo e privativo para que ela possa ser escutada e encorajada a se recuperar.


[i] https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *